domingo, maio 06, 2007

Nenhuma morte apagará os beijos

Eu estava tão perto de ti
e tenho frio ao pé dos outros.

Paul E'luard



Nenhuma morte apagará os beijos
e por dentro das casas onde nos amámos ou pelas ruas clandestinas da grande cidade livre
estarão para sempre vivos os sinais de um grande amor,
esses densos sinais do amor e da morte
com que se vive a vida.

Aí estarão de novo as nossas mãos.
E nenhuma dor será possível onde nos beijámos.
Eternamente apixonados, meu amor. Eternamente livres.
Prolongaremos em todos os dedos os nossos gestos e,
profundamente, no peito dos amantes, a nossa alma líquida e atormentada
desvenderá em cada minuto o seu segredo
para que este amor se prolongue e noutras bocas
ardam violentos de paixão os nossos beijos
e os corpos se abracem mais e se confundam
mutuamente violando-se, violentando a noite
para que outro dia, afinal, seja possível.


Joaquim Pessoa

7 Comments:

Blogger en_j said...

ui... que tens para me contar?!?!?!?!

10:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

á queima...roupa...
!?!?!?

11:50 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

ola!! parabens pelo blog!! nao deves tar a ver quem sou nem te deves lembrar de mim mas andamos na escola se nao me falta a memoria no 7º e 8º ano...

9:49 da tarde  
Blogger ervilha said...

olá! obrigado. mas deves tar confundido...eu andei em escolas diferentes nesses anos :)

4:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

talvez esteja!! se nao nesses anos foi noutro... e foi no hi5 que descubri o teu blog!! confundido talvez no ano

2:00 da manhã  
Blogger ervilha said...

aaaaaaaaah ja sei quem és :)
estudamos juntos no padrão, 8º e 9º, n foi?

2:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

sim foi la... andrecustoias@msn.com para falarmos um pouco se quiseres claro

12:26 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home